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Por que ferramentas genéricas de inteligência artificial falham no setor jurídico

11 Junho 2026
Introdução

A inteligência artificial conquistou um espaço central em várias profissões — da medicina ao marketing, da educação à engenharia. Ferramentas como o ChatGPT ou o CoPilot tornaram-se populares pela capacidade de responder rapidamente a perguntas e gerar conteúdos diversos com grande fluidez. No entanto, quando se trata do setor jurídico, a realidade é outra. O Direito exige rigor, fontes verificadas e uma compreensão profunda do contexto legal. E é aqui que as ferramentas genéricas de IA simplesmente falham.

O que são ferramentas genéricas de IA?

Ferramentas genéricas de IA são modelos de linguagem treinados com grandes volumes de dados retirados da internet, livros, fóruns, redes sociais, entre outros. O seu objetivo principal é responder a qualquer tipo de pergunta — desde como fazer um bolo até explicar a teoria da relatividade. Não foram desenhadas para interpretar códigos legais, acompanhar atualizações legislativas ou aplicar doutrina jurídica a casos concretos. Alguns exemplos populares são:

  • ChatGPT
  • CoPilot
  • Perplexity

Embora sejam impressionantes em muitos contextos, estas ferramentas não foram criadas com os standards de precisão e fiabilidade exigidos pela prática jurídica.

Por que o setor jurídico exige mais?

A prática do Direito baseia-se em normas, datas, jurisprudência e interpretação cuidadosa da lei. Uma pequena imprecisão pode comprometer toda uma argumentação jurídica. Eis alguns motivos pelos quais o setor jurídico é particularmente exigente:

  • Necessidade de precisão absoluta: não há espaço para “aproximações” ou respostas vagas.
  • Referência a fontes legais verificadas: cada argumento precisa estar ancorado num diploma, artigo ou acórdão.
  • Risco real de alucinação: ferramentas genéricas podem “inventar” leis, artigos ou decisões — algo com graves consequências.
  • Contexto local é essencial: o significado jurídico de um termo muda consoante o país, a jurisdição e o momento legal.
Casos reais de erros com IA genérica

Um exemplo emblemático foi o de um advogado norte-americano que apresentou ao tribunal decisões judiciais que simplesmente não existiam — todas tinham sido inventadas por uma ferramenta de IA. O caso tornou-se viral e serviu de alerta global: confiar cegamente em IA genérica pode ser desastroso.

Em Portugal, onde o sistema jurídico tem uma estrutura complexa e em constante atualização, o risco é ainda maior. A coexistência de legislação em vigor com normas revogadas, e a importância crescente da jurisprudência, exigem uma ferramenta feita à medida.

O que deve ter uma IA realmente útil para o Direito?

Ao avaliar uma solução de inteligência artificial para o setor jurídico, estes são os pontos essenciais a considerar:

  • Treino com base legal nacional: incluindo legislação portuguesa, jurisprudência dos tribunais superiores, CAAD, entre outros.
  • Atualizações frequentes: para acompanhar alterações na lei ou entrada em vigor de novos diplomas.
  • Capacidade de referenciar diplomas e artigos diretamente: com links ou citações claras.
  • Linguagem jurídica estruturada: que compreenda termos técnicos e a organização dos documentos legais.
  • Fiabilidade e transparência nas fontes usadas: permitindo sempre consultar o documento original.
A diferença que o Affine traz

O Affine não é apenas mais uma IA. É uma plataforma desenvolvida de raiz para advogados e profissionais do setor jurídico em Portugal. As suas respostas são baseadas exclusivamente em fontes jurídicas — como o Diário da República, jurisprudência nacional e diretivas europeias. E mais do que responder, o Affine fundamenta, contextualiza e referencia cada resposta.

Com funcionalidades que permitem navegar entre documentos, seguir raciocínios legais e adaptar respostas ao estilo de cada utilizador, o Affine é a alternativa fiável a qualquer ferramenta genérica.

Comparação Affine com ferramentas genéricas de AI
Affine
AI Genéricas

Propósito e Especialização

Criada para o setor jurídico?

Foi desenvolvido com foco no setor jurídico?

Sim
Não

Fiável para uso legal?

É seguro e validado para decisões jurídicas?

Sim
Não

Pensado para advogados?

Tem uma experiência adaptada à prática jurídica?

Sim
Não

Fontes e Precisão

Baseado em fontes jurídicas reais?

Apenas legislação, jurisprudência e documentos reais?

Sim
Não

Evita alucinações jurídicas?

Garante respostas jurídicas fiáveis?

Sim
Não

Integra documentos privados e públicos?

Permite cruzar documentos sem alucinar?

Sim
Não

Legislação Portuguesa?

Inclui legislação e jurisprudência Portuguesa?

Sim
Não

Gestão de Informação

Pesquisa em documentos jurídicos?

É possível fazer pesquisas em documentos oficiais?

Sim
Não

Compara contratos e cláusulas?

Tem funcionalidade de comparação jurídica?

Sim
Não

Envia atualizações jurídicas?

Recebo novidades legais todos os dias?

Sim
Não
Conclusão

A inteligência artificial pode, de facto, revolucionar a prática jurídica — mas apenas se for usada com responsabilidade. No setor jurídico, não basta ter acesso a informação: é preciso garantir que ela está correta, atualizada e devidamente contextualizada. Por isso, ao escolher uma ferramenta de IA, escolha aquela que entende o Direito como ele é praticado.

No Direito, a precisão não é opcional. Por isso, ao escolher uma ferramenta de IA, não basta ser inteligente — tem de ser legalmente fiável.